By Alexandre Ritter™. Tecnologia do Blogger.

Barraca: Comprar uma barraca pode ser Complicado!

20 de outubro de 2010

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Comprar uma barraca pode ser bem complicado. Compre a barraca certa e você experimentará por anos o que é acampar debaixo de uma tempestade e não sentir uma gota sequer. Mas se você comprar uma barraca que não suporte suas necessidades você estaria melhor se tivesse optado por um hotel 5 estrelas em vez de um camping.

Pense nas suas necessidades antes de comprar uma barraca.

O aventureiro inteligente sabe que uma barraca é um investimento de capital e que não deve ser boa somente para uma ou duas estações mas sim, se tratada apropriadamente, para anos de serviço.

Acampar pode ser uma das diversões mais simples da vida. Se você planeja gastar de R$ 200,00 a R$ 500,00 em uma barraca para 3 estações este é o recomendável a não ser que você possa e tenha necessidade de gastar em uma barraca mais cara. Todas as barracas têm seus prós e contras então o que você precisa fazer é considerar suas necessidades num camping antes de comprar alguma coisa.

Peso e Tamanho:
A não ser que você possua carro, o peso e o tamanho da sua barraca não é muito importante. Uma barraca que acomoda de duas a três pessoas geralmente pesa em torno de 2 a 3 kilos (o peso é mostrado na etiqueta do fabricante da barraca). Barracas pequenas, para somente uma pessoa geralmente variam seu peso em torno de 0,5 kg a 1,5 kg. Já uma barraca grande para toda a família ou pra uma expedição pode pesar de 5 até 10 kilos (ou até mais).

Quanto mais leve melhor, mas não sacrifique aspectos importantes de uma barraca por algumas gramas. Os fabricantes geralmente diminuem o peso de suas barracas usando menos zíperes (conseqüentemente menos aberturas e mais quentes), armações em menos quantidade e mais leves, e estas barracas costumam ter seu avancê um pouco menor também.

O sobreteto de nylon é a última moda em matéria de ventilação mas eles adicionam em peso e custo. Barracas com somente uma camada de tecido em suas paredes geralmente são mais leves do que as que possuem duas camadas mas também são mais caras.

Armações de alumínio ainda são consideradas a melhor escolha pois elas são leves e resistentes e não corroem quando molhadas. Armações mais caras como as de carbono/fibra de vidro podem se mais leves e mais resistentes mas tendem a ser tão flexíveis que são capazes de falhar quando expostas a ventos muito fortes.

O vestíbulo, mais conhecido como avancê (aquela parte na frente da barraca aonde colocamos os tênis antes de entrar) são um conforto e uma conveniência à parte, mas eles adicionam peso também e deixam a barraca mais protegida do vento.

Considerações Sazonais:
Barracas com capa removível: São feitas para as 4 estações. Elas têm janelas, avancê e capa. Armações extras, janelas com zíper e capas compridas se ajustam de acordo com a ventilação desejada, usada mais no verão e menos no inverno.

Barracas para 3 estações: São as mais comuns no mercado. São desenhadas para se usar no verão, na primavera e no outono. Muitas dessas barracas suportam bem um clima mais frio, no entanto, se você está planejando acampar numa temperatura bem mais fria, abaixo de 10 graus, aconselha-se comprar uma barra para 4 estações. Barracas para 3 estações geralmente possuem capa, e um avancê de tamanho suficiente para alocar de uma a duas mochilas de tamanho médio.

Barracas de verão: São leves e muito bem ventiladas. Uma boa opção para noites quentes mas não são muito versáteis quando a temperatura cai ou quando chove.

Barracas para montanhas: São desenhadas para suportar a pior das tempestades de inverno. Se você está planejando passar um bom tempo nas montanhas e sabe que vai pegar uma temperatura muito baixa, não deixe de dar uma olhada neste tipo de barraca. Elas costumam ser mais caras e um pouco mais pesadas do que as barracas para 3 estações.

Durante a Compra:
- Acessórios adicionais que fazem nossa vida mais confortável são bolsos extras por dentro da barraca aonde você pode colocar seus óculos, relógios e outras coisas do tipo.
- Cheque o sistema de ventilação da barraca. Janelas com tela permitem a circulação do ar, afasta os insetos e nos permite ver o que está acontecendo lá fora, mas certifique-se de que elas se fecham muito bem para que não deixe passar muito ar em noites mais frias.
- Cheque também a durabilidade do chão da barraca e se ela é a prova d'água. Sempre entre na barraca e se estique ao máximo antes de comprá-la, desta forma você saberá se cabe dentro.
- Quando montar sua futura barraca certifique-se de que suas armações encaixam perfeitamente e de maneira fácil.
- Considere o equipamento que você precisará deixar dentro da barraca durante a noite. Se você está pensando em dormir em uma barraca com mais duas ou três pessoas, pegue emprestado na loja mesmo quantos sacos de dormir forem necessários e os coloque abertos dentro da barraca. Coloque também mochilas (de preferência cheias) e certifique-se de que elas cabem no avancê ou se preferir dentro da própria barraca.
- Se você planeja pendurar sua lanterna no teto da barraca, certifique-se de esta possui o lugar apropriado para tal, normalmente um pequeno gancho preso no centro.
- Cheque a costura de toda a barraca, se ela é bem reforçada nas costuras, cantos e outros pontos de força. Procure saber se você precisa passar selador líquido (silicone) na costura depois que comprar a barraca e com qual freqüência isto precisa ser feito.
- Se você comprar sua barraca e for recebê-la por correio certifique-se de que a nota fiscal veio junta caso haja necessidade de troca se a barraca não corresponder às suas expectativas.
- Experimente guardá-la em sua mochila, no local apropriado para ver como fica.
- Não se esqueça de checar se a armação está correta e se todos os pinos (inclusive os extras, se tiver) estão lá.
- Cuidado com as barracas de cores verde, marrom e cinza pois elas se mesclam muito fácil à paisagem ao redor e podem se tornar difíceis de encontrar depois de um longo dia de trilhas (caso você pratique camping selvagem). Se você se perder, uma barraca vermelha ou amarela será muito mais fácil de visualizar. É preferível que seu interior seja de cores claras também.

Cuidados com a Barraca:
Nunca guarde sua barraca se ele estiver molhada pois isto fará com que o tecido se estrague e rasgue e além de destruir o nylon, ela ficará com um cheiro ruim e mofado. Se for possível, deixe sua barraca secar pela manhã. Mas se por algum motivo nada disso puder ser feito na saída do camping, não se esqueça de fazê-lo assim que chegar em casa.

Retire toda a poeira e folhas com um pano úmido e pendure-a para secar. O sol também fará com que a barraca se deteriore. Se for possível, acampe na sombra a fim de evitar os perigosos raios UV. Mas você poderá utilizar sua capa como proteção, pois custará menos trocá-la depois de algum tempo do que a barraca inteira.

O chão da barraca pode se desgastar também pelo lado de fora, por isso use uma proteção para ele quando possível. Uma capa de lona é leve e barata, uma ótima opção para dar conta do serviço.

Dicas Adicionais:
Para quem vai acampar com crianças pela primeira vez, deixe-as cochilar ou até mesmo passar a noite dentro da barraca em casa. Algumas pessoas levam um tempo para se acostumar com o ambiente um tanto claustrofóbico de uma barraca e é melhor para você e sua criança se acostumarem com isso em casa do que no camping onde vocês estarão no escuro e no meio de outros campistas.

Se você for acampar no frio ou até mesmo na neve, tente posicionar sua barraca de uma forma que ela possa pegar sol logo cedo de manhã pois ele aquecerá e evaporará o orvalho ou camadas de gelo na sua barraca.

Não deixe comida ou restos dela fora da barraca, além de sujar o local, você poderá atrair animais silvestres.

(...) Quarto Dia - La Paz, Bolívia.

12 de outubro de 2010

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Chegada, por volta das 08h30min.

Chegamos via Aeroporto Internacional de El Alto que serve a cidade de e esta localizado na cidade de El Alto, a uma altitude de 4061 msnm, sendo considerado um dos aeroportos internacionais mais altos do mundo.
 
Pegamos um taxi até La Paz e fomos à busca do Hotel Torino, indicação de vários mochileiros. Pagamos a diária, nos acomodamos num quarto para quatro pessoas, nos organizamos e fomos comer alguma coisa.

População de 2.100.000 aproximadamente, incluindo a área metropolitana.

A primeira impressão de La Paz é a de se estar numa grande favela. Ruas um pouco sujas, cheia de pessoas circulando e o trânsito super confuso. Depois que conheci melhor a cidade fui entendendo melhor como as coisas funcionam por lá.

A cidade de Nuestra Señora de La Paz (ou simplesmente ‘La Paz’), Capital Federal da Bolívia, foi fundada em 20 de outubro de 1548, pelo capitão espanhol Alonso de Mendoza e constitui-se na cidade mais populosa da Bolívia. Embora Sucre continue legalmente a ser a capital do país, o governo tem a sua sede na cidade de La Paz desde 1898.

La Paz esta situada num vale profundo, rodeada de montes e montanhas de grandes altitudes por todos os lados, pertencentes à Cordilheira dos Andes. Resultado: as encostas dos morros estão tapadas de casas, lembrando muito as favelas do Rio de Janeiro. A cidade tem muita subida e descidas íngremes. Ao lado de La Paz, esta a cidade de El Alto, na região metropolitana, onde se localiza o aeroporto que chegamos.

La Paz foi fundada em 1548 para celebrar o fim da guerra civil entre os partidários de Almagro e Pizarro, dois ex-sócios e conquistadores do Império Inca. O período de paz durou pouco. Mais tarde, Almagro foi assassinado pelo próprio Pizarro, que, por sua vez, foi morto pelos partidários almagristas.

O ar é bastante seco em La Paz e sol brilha mais forte por aqui. Um bom protetor solar sempre é recomendável. Como o ar é mais rarefeito, a incidência de raios ultravioletas é maior. O clima de La Paz é frio de altitude. A temperatura média é de 8°C.

Na Cordilheira dos Andes encontra-se o Illimani com 6465 msnm.

Desbravar La Paz a pé é igualmente uma boa idéia. Além de ser uma das melhores maneiras de interagir com o cotidiano da cidade, é o ideal para aclimatar o seu organismo aos efeitos da altitude. No começo perturba, sentem-se tonturas, mas entre um ou três dias você vai se acostumando.

La Paz é agitada, repleta de praças, igrejas e museus que resgatam a herança deixada pelos colonizadores após o descobrimento da América. Uma caminhada legal abrange o triângulo formado pelas Plazas Murillo, San Francisco e del Estudiante. Nesta área, encontram-se os principais museus, como o belo Museo Nacional de Arte ou, subindo um pouco a Calle de Ias Brujas, o criativo Museo de Ia Coca.

Apesar da confusão da capital, procure relaxar assistindo ao movimento dos nativos por entre as ruas e praças, ou perca-se em um dos mercados de artesanato.

Em La Paz tem várias opções de Hostel’s. Na primeira noite ficamos hospedados no Torino (lotado de mochileiros) e nas demais ficamos em outro sem muita integração entre os hóspedes.

A altitude realmente pega em La Paz. Não sei como os jogadores de futebol conseguem jogar numa altitude destas. É impressionante; você mal dá uns passos e o coração parece que vai sair pela boca. E não adianta tentar fugir das ladeiras e subidas. La Paz é cheia delas. Além do cansaço, a altitude pode causar dor de cabeça e tontura. Esteja prevenido.

Recomendo tomar Chá de Coca (não faz mal algum) ou então mascar as folhas. Se mesmo assim a dor de cabeça for inevitável, compro os famosos ‘Soroche Pills’, comprimido encontrado em qualquer farmácia boliviana que serve para curar o mal da altitude.

Se for direto para um lugar de altitude elevada, tente evitar o esforço nos primeiros dias, para se aclimatar um pouco e o corpo se acostumar com a diferença.

Bom, voltando (...) almoçamos por volta das 14h. em um Centro Comercial próximo ao Hostel Torino, no Salad Bar. Experimentamos nosso primeiro menu ejecutivo, com os três pratos. Uma sopa de Chairo de entrada, o segundo, uma Milanesa de Res, e por fim Isla Flotante de Postre, ou seja, a sobremesa. Tudo isso por B$ 25,00.
Depois do almoço seguimos para a Praça Murillo, cercada pelo Palácio Legislativo e a Catedral. A praça ganhou este nome depois da morte do revolucionário Dom Pedro Domingo Murillo, que foi morto no local pelos espanhóis, em 1810. Diariamente a praça é invadida por uma revoada de pombos que são alimentados por nativos e turistas. No centro, fica a estátua do ex-presidente Gualberto Villarroel, que também morreu aqui, em 1946, enforcado por revolucionários. Vale à pena sentar nesta praça e ficar na boa, curtindo o movimento.

A Avenida 16 de Julio é a principal via urbana de La Paz, cruzando todo o centro de norte a sul e mudando de nome várias vezes. Próxima a Plaza del Estudiante, por exemplo, a avenida é conhecida como El Prado - que é uma espécie de apelido que algumas grandes avenidas na Bolívia recebem -, contando com bons hotéis, restaurantes e cinemas. Mais ao sul, o nome toma-se Villazón e também Anicelo Arce e 6 de Agosto, conforme vai avançando bairro adentro - uma área residencial mais nobre que nem parece La Paz.

Devido às suas limitações naturais, La Paz é um centro urbano pequeno e compacto, no qual se distinguem três setores: os quarteirões indígenas nos lugares mais altos, as zonas residenciais das classes mais favorecidas nas partes mais baixas, e, entre as duas, as áreas comercial e administrativa.

O trânsito, principalmente nas primeiras horas da manhã e nos finais de tarde, é bastante caótico, deixando no chinelo o rush de qualquer grande cidade do Brasil. Muitos cruzamentos simplesmente não têm sinalização e a preferencial, de certa forma, é de quem chegar primeiro. Por isto, também, os sons das buzinas ecoam por todas as ruas. Buzinar em La Paz é tão comum quanto parar ou mudar de marcha.

O principal transporte público são as vans que circulam por toda a cidade. O percurso que cada uma delas realiza é gritado pela janela, normalmente por um garoto que também faz o trabalho de cobrador. Nem tente compreender o que os caras dizem, já que o itinerário é berrado de forma mais do que rápida. Não existem pontos fixos, apenas sinalize para que o veículo pare. O valor da passagem era de B$ 1,50.

 O garoto grita: _ Jáen Ninõ, Av. Vilazón, Plaza del Governador!
Você entende: _ Jacarézinhõ, Avión, Cuidado con el Disco Voador!
(by mochileiros do Caracol de Mochila)

Existem também ônibus e microônibus. Normalmente esses veículos são velhos e estão sempre lotados de passageiros e de cargas, e as tarifas variam, mas são irrisórias. A melhor opção é, sem dúvida, o táxi, que não tem taxímetro e o custo da corrida deve ser acertado com o motorista antes de entrar no carro, conforme a distância que será percorrida. Sempre negocie o primeiro valor proposto, mesmo que já pareça barato.

Fomos andar pelo centro da cidade, fazer comprar e depois seguimos para o Mercado de Las Brujas, fizemos mais compras. Onde você anda você dá de cara com as ‘Cholas’ bolivianas que se vestem com suas roupas típicas, chapéu e tranças compridas, e as que possuem filhos, os mesmos estão lá, carregados por mantas, nas costas delas. Apesar de não serem muito sociáveis com os turistas (cobram para tirar foto), são um espetáculo a parte em La Paz.

Queria ter visitado o Mirador Lakaikota, mas ficou para um próximo Mochilão.

À noite, lá pelas 21h fomos ao Alexandre Coffee e depois na Praza Murillo, onde aguardaríamos a virada do ano.

A Plaza Murillo, localizada três quadras a oeste da Avenida 16 de Julio pela Rua Socabaya, é a praça mais importante da cidade, onde ficam o Palácio Legislativo e a Catedral. O calçadão da Calle Comércio começa nesta praça e, como o próprio nome diz, é o local que concentra o maior número de lojas e vendedores ambulantes, com um intenso fluxo de pedestres ao longo do dia.

A praça em frente ao Palácio Legislativo e à Catedral, talvez seja o ponto mais importante de La Paz, e herdou o nome do revolucionário boliviano Don Pedro Domingo Murillo, que foi morto no local pelos espanhóis, em 1810. No centro, fica a estátua do ex-presidente boliviano Gualberto Villarroel, que também morreu no lugar, em 1946, enforcado por revolucionários. Vale a pena sentar-se por ali e ficar na boa, de bobeira, curtindo o movimento.

Já o Palácio Legislativo, também em frente a Plaza Murillo, apresenta belas fachadas é a sede do Parlamento boliviano. As visitas ao interior do Palácio são permitidas, e por vezes pode-se até assistir a uma sessão de votação entre os parlamentares - o que é feito sempre junto com um guia. A visitação rola durante a semana em horários variados e é necessário informar-se na recepção do Palácio.

Também na Plaza Murillo, a Catedral, que foi construída em 1835 em estilo barroco, com uma cúpula bastante grande, contrastando com um altar mais simples. Ao lado, ainda na praça, fica o Palácio Presidencial, conhecido como Palacio Quemado.


 

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