By Alexandre Ritter™. Tecnologia do Blogger.

(...) Quarto Dia - La Paz, Bolívia.

12 de outubro de 2010

Chegada, por volta das 08h30min.

Chegamos via Aeroporto Internacional de El Alto que serve a cidade de e esta localizado na cidade de El Alto, a uma altitude de 4061 msnm, sendo considerado um dos aeroportos internacionais mais altos do mundo.
 
Pegamos um taxi até La Paz e fomos à busca do Hotel Torino, indicação de vários mochileiros. Pagamos a diária, nos acomodamos num quarto para quatro pessoas, nos organizamos e fomos comer alguma coisa.

População de 2.100.000 aproximadamente, incluindo a área metropolitana.

A primeira impressão de La Paz é a de se estar numa grande favela. Ruas um pouco sujas, cheia de pessoas circulando e o trânsito super confuso. Depois que conheci melhor a cidade fui entendendo melhor como as coisas funcionam por lá.

A cidade de Nuestra Señora de La Paz (ou simplesmente ‘La Paz’), Capital Federal da Bolívia, foi fundada em 20 de outubro de 1548, pelo capitão espanhol Alonso de Mendoza e constitui-se na cidade mais populosa da Bolívia. Embora Sucre continue legalmente a ser a capital do país, o governo tem a sua sede na cidade de La Paz desde 1898.

La Paz esta situada num vale profundo, rodeada de montes e montanhas de grandes altitudes por todos os lados, pertencentes à Cordilheira dos Andes. Resultado: as encostas dos morros estão tapadas de casas, lembrando muito as favelas do Rio de Janeiro. A cidade tem muita subida e descidas íngremes. Ao lado de La Paz, esta a cidade de El Alto, na região metropolitana, onde se localiza o aeroporto que chegamos.

La Paz foi fundada em 1548 para celebrar o fim da guerra civil entre os partidários de Almagro e Pizarro, dois ex-sócios e conquistadores do Império Inca. O período de paz durou pouco. Mais tarde, Almagro foi assassinado pelo próprio Pizarro, que, por sua vez, foi morto pelos partidários almagristas.

O ar é bastante seco em La Paz e sol brilha mais forte por aqui. Um bom protetor solar sempre é recomendável. Como o ar é mais rarefeito, a incidência de raios ultravioletas é maior. O clima de La Paz é frio de altitude. A temperatura média é de 8°C.

Na Cordilheira dos Andes encontra-se o Illimani com 6465 msnm.

Desbravar La Paz a pé é igualmente uma boa idéia. Além de ser uma das melhores maneiras de interagir com o cotidiano da cidade, é o ideal para aclimatar o seu organismo aos efeitos da altitude. No começo perturba, sentem-se tonturas, mas entre um ou três dias você vai se acostumando.

La Paz é agitada, repleta de praças, igrejas e museus que resgatam a herança deixada pelos colonizadores após o descobrimento da América. Uma caminhada legal abrange o triângulo formado pelas Plazas Murillo, San Francisco e del Estudiante. Nesta área, encontram-se os principais museus, como o belo Museo Nacional de Arte ou, subindo um pouco a Calle de Ias Brujas, o criativo Museo de Ia Coca.

Apesar da confusão da capital, procure relaxar assistindo ao movimento dos nativos por entre as ruas e praças, ou perca-se em um dos mercados de artesanato.

Em La Paz tem várias opções de Hostel’s. Na primeira noite ficamos hospedados no Torino (lotado de mochileiros) e nas demais ficamos em outro sem muita integração entre os hóspedes.

A altitude realmente pega em La Paz. Não sei como os jogadores de futebol conseguem jogar numa altitude destas. É impressionante; você mal dá uns passos e o coração parece que vai sair pela boca. E não adianta tentar fugir das ladeiras e subidas. La Paz é cheia delas. Além do cansaço, a altitude pode causar dor de cabeça e tontura. Esteja prevenido.

Recomendo tomar Chá de Coca (não faz mal algum) ou então mascar as folhas. Se mesmo assim a dor de cabeça for inevitável, compro os famosos ‘Soroche Pills’, comprimido encontrado em qualquer farmácia boliviana que serve para curar o mal da altitude.

Se for direto para um lugar de altitude elevada, tente evitar o esforço nos primeiros dias, para se aclimatar um pouco e o corpo se acostumar com a diferença.

Bom, voltando (...) almoçamos por volta das 14h. em um Centro Comercial próximo ao Hostel Torino, no Salad Bar. Experimentamos nosso primeiro menu ejecutivo, com os três pratos. Uma sopa de Chairo de entrada, o segundo, uma Milanesa de Res, e por fim Isla Flotante de Postre, ou seja, a sobremesa. Tudo isso por B$ 25,00.
Depois do almoço seguimos para a Praça Murillo, cercada pelo Palácio Legislativo e a Catedral. A praça ganhou este nome depois da morte do revolucionário Dom Pedro Domingo Murillo, que foi morto no local pelos espanhóis, em 1810. Diariamente a praça é invadida por uma revoada de pombos que são alimentados por nativos e turistas. No centro, fica a estátua do ex-presidente Gualberto Villarroel, que também morreu aqui, em 1946, enforcado por revolucionários. Vale à pena sentar nesta praça e ficar na boa, curtindo o movimento.

A Avenida 16 de Julio é a principal via urbana de La Paz, cruzando todo o centro de norte a sul e mudando de nome várias vezes. Próxima a Plaza del Estudiante, por exemplo, a avenida é conhecida como El Prado - que é uma espécie de apelido que algumas grandes avenidas na Bolívia recebem -, contando com bons hotéis, restaurantes e cinemas. Mais ao sul, o nome toma-se Villazón e também Anicelo Arce e 6 de Agosto, conforme vai avançando bairro adentro - uma área residencial mais nobre que nem parece La Paz.

Devido às suas limitações naturais, La Paz é um centro urbano pequeno e compacto, no qual se distinguem três setores: os quarteirões indígenas nos lugares mais altos, as zonas residenciais das classes mais favorecidas nas partes mais baixas, e, entre as duas, as áreas comercial e administrativa.

O trânsito, principalmente nas primeiras horas da manhã e nos finais de tarde, é bastante caótico, deixando no chinelo o rush de qualquer grande cidade do Brasil. Muitos cruzamentos simplesmente não têm sinalização e a preferencial, de certa forma, é de quem chegar primeiro. Por isto, também, os sons das buzinas ecoam por todas as ruas. Buzinar em La Paz é tão comum quanto parar ou mudar de marcha.

O principal transporte público são as vans que circulam por toda a cidade. O percurso que cada uma delas realiza é gritado pela janela, normalmente por um garoto que também faz o trabalho de cobrador. Nem tente compreender o que os caras dizem, já que o itinerário é berrado de forma mais do que rápida. Não existem pontos fixos, apenas sinalize para que o veículo pare. O valor da passagem era de B$ 1,50.

 O garoto grita: _ Jáen Ninõ, Av. Vilazón, Plaza del Governador!
Você entende: _ Jacarézinhõ, Avión, Cuidado con el Disco Voador!
(by mochileiros do Caracol de Mochila)

Existem também ônibus e microônibus. Normalmente esses veículos são velhos e estão sempre lotados de passageiros e de cargas, e as tarifas variam, mas são irrisórias. A melhor opção é, sem dúvida, o táxi, que não tem taxímetro e o custo da corrida deve ser acertado com o motorista antes de entrar no carro, conforme a distância que será percorrida. Sempre negocie o primeiro valor proposto, mesmo que já pareça barato.

Fomos andar pelo centro da cidade, fazer comprar e depois seguimos para o Mercado de Las Brujas, fizemos mais compras. Onde você anda você dá de cara com as ‘Cholas’ bolivianas que se vestem com suas roupas típicas, chapéu e tranças compridas, e as que possuem filhos, os mesmos estão lá, carregados por mantas, nas costas delas. Apesar de não serem muito sociáveis com os turistas (cobram para tirar foto), são um espetáculo a parte em La Paz.

Queria ter visitado o Mirador Lakaikota, mas ficou para um próximo Mochilão.

À noite, lá pelas 21h fomos ao Alexandre Coffee e depois na Praza Murillo, onde aguardaríamos a virada do ano.

A Plaza Murillo, localizada três quadras a oeste da Avenida 16 de Julio pela Rua Socabaya, é a praça mais importante da cidade, onde ficam o Palácio Legislativo e a Catedral. O calçadão da Calle Comércio começa nesta praça e, como o próprio nome diz, é o local que concentra o maior número de lojas e vendedores ambulantes, com um intenso fluxo de pedestres ao longo do dia.

A praça em frente ao Palácio Legislativo e à Catedral, talvez seja o ponto mais importante de La Paz, e herdou o nome do revolucionário boliviano Don Pedro Domingo Murillo, que foi morto no local pelos espanhóis, em 1810. No centro, fica a estátua do ex-presidente boliviano Gualberto Villarroel, que também morreu no lugar, em 1946, enforcado por revolucionários. Vale a pena sentar-se por ali e ficar na boa, de bobeira, curtindo o movimento.

Já o Palácio Legislativo, também em frente a Plaza Murillo, apresenta belas fachadas é a sede do Parlamento boliviano. As visitas ao interior do Palácio são permitidas, e por vezes pode-se até assistir a uma sessão de votação entre os parlamentares - o que é feito sempre junto com um guia. A visitação rola durante a semana em horários variados e é necessário informar-se na recepção do Palácio.

Também na Plaza Murillo, a Catedral, que foi construída em 1835 em estilo barroco, com uma cúpula bastante grande, contrastando com um altar mais simples. Ao lado, ainda na praça, fica o Palácio Presidencial, conhecido como Palacio Quemado.


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